Recentemente, uma sentença proferida pela Justiça do Trabalho de Sergipe condenou o Município de Alagoas (SE), a Empresa de Serviços Urbanos (Emsurb) e as companhias de coleta a pagar multa de R$ 5 milhões por transporte irregular de trabalhadores nas partes externas dos caminhões de lixo. Não é segredo algum dizer que o setor de limpeza urbana na região está preocupado com tal decisão.

O presidente do SELURB (Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana), Sr. Marcio Matheus, esteve na capital sergipana para se reunir com empresas que possuem atuação local a fim de jogar luz sobre aspectos controvertidos da decisão. Tais debates foram repercutidos pela imprensa local, que deu voz para o setor expor seu ponto de vista.

Em entrevista ao Cidade Alerta (Record), Sr. Marcio Matheus comentou a proibição de transporte de agentes ambientais nos estribos dos caminhões. De acordo com o executivo, a medida não faz diferença entre a questão apontada (transporte) e meio de operação. Essa mudança inesperada poderia acarretar demissões para o setor do lixo, afirma o porta-voz, em conversa com o CINFORM. Na mesma entrevista, foram debatidos outros pontos sobre a recente sentença proferida pela Justiça do Trabalho de Sergipe.

De acordo com o presidente do SELURB, o traslado via estribos entre ruas/avenidas e garagem/transbordo é incorreto, pois os veículos são devidamente equipados para levar seu time de colaboradores na cabine. No entanto, impedir o uso dessa plataforma durante o ato da coleta porta a porta levaria a duas consequências: o trajeto integral de recolhimento percorrido a pé ou a instituição de um veículo auxiliar, em que os agentes coletores teriam m que entrar e sair  cada parada, num esforço desumano e alta exposição a riscos.

Outra possibilidade, segundo o presidente do SELURB, seria adotar o sistema de coleta mecanizada. Nesse novo formato, o cidadão, ao invés de deixar seu lixo na porta de casa, deveria levá-lo a contêineres urbanos, que teriam pontos específicos. Isso demandaria uma mudança de comportamento da população e a instituição de um modelo urbano apto – algo que as prefeituras brasileiras ainda não têm expertise e capital para investir.

De acordo com o porta-voz, a coleta mecanizada teria outras implicações, como o corte de mão-de-obra, uma vez que seriam necessários menos colaboradores para esse formato de operação de coleta do lixo urbano.

Para conferir as publicações/veiculações, clique nos links abaixo:

Jornal da Cidade

Cidade Alerta

CINFORM (1)

CINFORM (2)

 

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