No dia 19 de setembro, a segunda edição do Índice Nacional de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU) – uma iniciativa do SELUR (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo) em parceria com a PwC – foi lançada para os principais parceiros, associados e executivos do setor na sede do Sindicato, na capital paulistana.
O presidente do SELUR, Sr. Marcio Matheus, ficou responsável pela apresentação, encerramento e intermediação da interação com os presentes. “Trata-se de um estudo imparcial e técnico. Esse índice foi viabilizado devido à nossa parceria com a PwC”, enfatizou. Na sequência, Sr. Federico Servideo, partner/sócio da PwC, teve a palavra. “O objetivo principal deste estudo é mensurar a aderência dos municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos”.
O estudo foi apresentado pelo consultor responsável, Sr. Carlos Rossin, e pelo economista do SELUR, Sr. Jonas Okawara. O primeiro abordou os desafios prementes da limpeza urbana no Brasil – entre tantos, podem ser citados a redução da geração de lixo, a logística reversa e a erradicação dos lixões, cujo “deadline” estipulado pela PNRS era 2014. “Atualmente, 17 milhões de brasileiros não têm coleta de lixo na porta de casa. Esse número equivale a um país como a Holanda. Faltava um instrumento de referência para mapear esse cenário”, ressalta.
De acordo com Rossin, o ISLU adotou o método de análise fatorial – o mesmo usado pelo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU – e pode ser muito útil para diversos públicos (empresas, governo, sociedade, associadas, entidades e setor financeiro).
Em seguida, Okawara debateu sobre os resultados desta edição. “As cidades que tiveram os melhores resultados são adeptas da arrecadação específica para fins de limpeza urbana. Cerca de 70% delas dispõem corretamente os resíduos, encaminhando-os para aterros sanitários”, explica. Dados alarmantes, que carecem de urgência nas tratativas, foram apresentados. “Temos tragicamente mais de três mil lixões no Brasil. Milhões de brasileiros são afetados”, ressaltou.
Em seguida, houve um debate sobre diversos temas, como arrecadação específica, sustentabilidade financeira das prefeituras e dos contratos com as empresas de limpeza urbana, salubridade dos municípios, aumento do prazo para erradicação dos lixões no País, entre tantos outros. Nesse momento, foram apresentados o Movimento Lixo Cidadão – uma iniciativa do SELUR – e a mais recente campanha: Lixo: isso também é da sua conta.
A relação de presentes conta com diversos nomes de relevância para o setor: Maurício Sturlini Bisordi (MB Engenharia), Diógenes Del Bel (Abetre), Edson Tomaz Lima Filho (Amlurb), Luiz Carlos Froes Garcia (Companhia de Limpeza Urbana de Niterói), Eduardo Camargo (Consórcio Renova), Tércio Correa (Consórcio Soma), Gutemberg Sobreira (Construtora Marquise), Paulo Studart Neto (Construtora Marquise), Ricardo Pellegrini (CS Brasil), Altair Silva (Ecourbis), Marcelo Mantovani Pescara (Essencis), Andre Bonelli (Estre), Cecília Braga (Estre), Mariana Rico (Estre), Fabrício Soler (Felsberg Advogados), Reginaldo Bezerra (Inova), Ricardo Batista (Inova), Edison Gabriel da Silva (Litucera), Marcelo Batista Gomes (Loga), Robson Bellardi (Peralta), Ângelo Castro (SBC Valorização), Danielle Daffre Carvalho (SD&W), Ernesto Dimas Paulella (Secretaria de Serviços Públicos – Campinas), Neusa Martins (Sousa e Miller), Paulo Aviro Bondioli (Teorema Planejamento), Carlos Marcelo Pousada (Terracom), Antônio de Mello Neto (Terracom), Lucas Radel (Vega), Carlos Fernandes (Abetre), Mônica Pileggi (Amlurb) e João Gianesi Netto (ABLP).
Saiba mais sobre os resultados do índice:
Ao todo, 3.049 municípios foram avaliados, por meio de dados públicos divulgados pelo Ministério das Cidades (Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento), ante 1.729 participantes na edição anterior.
Na relação de cidades com mais de 250 mil habitantes, Maringá (PR) é a primeira colocada, seguida por Niterói (RJ), Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Nesse mesmo levantamento, as cinco menores pontuações ficaram com São João do Meriti (RJ), Juazeiro do Norte (CE), Teresina (PI), Serra (ES) e Belém (PA). Para chegar aos resultados, quatro aspectos foram levados em consideração: engajamento municipal, sustentabilidade financeira, recuperação dos recursos coletados e impacto ambiental.