A TARDE – 29/10/2024
Salvador foi sede de um encontro, nesta terça (29), que propõe alternativas para erradicar cerca de 400 lixões existentes na Bahia. A primeira fase do projeto, apresentado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), tem como objetivo desativar 200 pontos de descarte inadequados.
O presidente da Abrema, Pedro Maranhão, foi recebido na sede de A TARDE, nesta terça (29), pelo diretor de Relações Institucionais do A TARDE, Luciano Neves, e pelo líder de Projetos Especiais do Grupo, Tiago Décimo, e falou sobre os planos para a erradicação dos lixões que, segundo a entidade, chegam a cerca de 3 mil no Brasil.
“Na primeira fase, a gente desativa aproximadamente 200 lixões na Bahia”, projeta Maranhão. “O primeiro momento é mais simples: fazer com que o prefeito ou gestor público não destine o resíduo sólido para lixões e faça o descarte em um lugar ambientalmente correto. Estamos fazendo um mapeamento que mostra a estrutura de aterros existentes hoje na Bahia, tanto públicos quanto privados. Em um raio de 100 quilômetros, esses prefeitos, nessa logística, darão destinação ambientalmente correta para um aterro próximo a essa cidade, independentemente de ser público ou privado.”
encontro foi realizado na sede do Ministério Público da Bahia e reuniu representantes do Ministério do Meio Ambiente, Ministério Público, Secretarias do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente, Tribunal de Contas, agências reguladoras e União dos Municípios da Bahia, que reforçaram a necessidade de erradicar os lixões.
Segundo Maranhão, a maior dificuldade tem sido a aderência de gestores ao tema. “A dificuldade é a iniciativa do gestor de tomar decisão de erradicar”, aponta. “Esse evento vai organizar todas as entidades que têm a ver com essa pauta, o prefeito vai ficar mais ciente de sua obrigação. Faz com que o gestor utilize verba para dar uma destinação ambientalmente mais correta para melhorar o clima, a saúde e não poluir os lençóis freáticos. Há ótimos ganhos quando você deixa de descartar em lixões.”
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu autorizar que aterros sanitários instalados em áreas de preservação permanente (APPs) possam continuar em funcionamento até o fim do prazo previsto nos contratos de licenciamento.
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Fonte: A Tarde
https://atarde.com.br/economia/encontro-reune-entidades-para-discutir-erradicacao-de-lixoes-na-bahia-1293411?_=amp