Na Semana do Meio Ambiente, o SELUR ganhou destaque no jornal A Tribuna, principal na Baixada Santista. A reportagem abordou questões urgentes em termos de sustentabilidade para o século 21. O economista Jonas Okawara concedeu uma entrevista sobre a questão dos lixões que, mesmo ilegais, ainda são uma triste realidade no Brasil.
“Os aterros sanitários são as formas mais apropriadas para descarte e manuseio dos resíduos sólidos, uma vez que permitem a disposição final correta, com custos adequados à realidade brasileira”, afirmou o porta-voz do SELUR. Calcula-se que 40% dos resíduos do planeta vão para esses locais, segundo a ISWA-International Solid Waste Association. Complementando esse cenário, estima-se que os gastos, entre 2016 e 2021, provenientes da somatória de custos ambientais e de saúde, girem entre US$ 3,25 e US$ 4,65 bilhões, somente no Brasil.
Okawara salientou que os problemas decorrentes dos lixões têm implicações maiores. “Os lixões são associados a diversas mazelas da saúde: muitas vezes, há liberação de uma série de compostos que podem ser tóxicos para o organismo”, afirma. A reportagem destacou que, atualmente, cerca de 3.326 municípios ainda destinam seus resíduos inadequadamente.
Outro ponto destacado pela reportagem da Tribuna é que, enquanto o Setor de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos conclama a sociedade a se engajar nesse esforço, há hoje uma mobilização na Câmara dos Deputados pela votação do PL 2289/15, que pretende estender o prazo para o fim dos lixões. O projeto de lei prorroga as datas previstas na PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) para a eliminação dos lixões, sem qualquer solução estruturante para o problema.
Segundo o texto, lideranças parlamentares vêm discutindo um substitutivo ao texto, condicionando a prorrogação de prazo à elaboração do plano de gestão integrada de resíduos sólidos e à instituição de um modelo de arrecadação específica para custear os serviços de coleta e gestão dos resíduos sólidos pelos municípios, assegurando assim a sustentabilidade econômica da atividade e a regularidade dos serviços.