O Dia do Trabalhador de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes – popularmente conhecido como Dia do Gari – é anualmente celebrado em 16 de maio e foi instituído para reconhecer a importância do agente ambiental responsável pela limpeza de praças, ruas e as cidades como um todo. O Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo) realizou uma série de atividades, com início na manhã e desfecho à noite, contando com a participação do Selur

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A partir das 9h, foi realizada uma mesa redonda no palco do anfiteatro do Siemaco, composta por Moacyr Pereira (presidente do Siemaco); Márcio Matheus (presidente do Selur); Eliseu Gabriel (vereador – PSB); e Rui Monteiro (presidente do SEAC-SP). Os convidados falaram ao público sobre a importância do agente ambiental para a salubridade das cidades e para a saúde da população.

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Moacyr Pereira começou o discurso salientando que, além das quatro empresas de São Paulo que atuam na limpeza urbana, há cerca de outras 50 companhias que cuidam do asseio da cidade e das áreas verdes. Como forma de homenagem, o presidente da entidade citou as quatro estátuas de colaboradores, como faxineiros e agentes de coleta, que são feitas em bronze (tamanho real) e se encontram expostas na Praça Marechal Deodoro, na região de Santa Cecília, como uma homenagem constante e diária a esses profissionais que tanto merecem destaque.

Da mesma opinião compartilha Rui Monteiro. “Veja como a limpeza urbana é importante para as cidades. Posso assegurar que o Siemaco é organizado, representando bem a categoria. O mundo e o país passam por mudanças, mas as entidades sérias como essa permanecerão”, pondera. Marcio Matheus, do Selur, enfatizou o alcance desse setor. “O ofício de limpeza urbana conta com 350 mil trabalhadores e esse contingente traz salubridade urbana. Os senhores são responsáveis pela saúde pública. O trabalho de vocês é muito importante”, referindo-se à plateia, cuja maioria era composta por agentes ambientais.

Marcio Matheus

Marcio Matheus ainda lamentou sobre a situação do Amazonas, um estado que possui uma grande parte da maior floresta tropical do mundo, mas não tem aterros sanitários. No encerramento, Eliseu Gabriel elogiou a performance dos sindicatos dessa categoria. “Nota-se uma seriedade exemplar. A luta por dignidade e segurança é vista como prioridade”.

Projetos culturais entram na pauta

Na sequência, foi anunciado o projeto “Ocupação Cultural”, em parceria com entidades culturais, artistas e estudantes de arte, que visa uma série de ações para a categoria, como sessões de cinema e visitas a exposições de arte. Alexandra Rocha, supervisora de educação na Casa das Rosas, começou sua palestra falando sobre patrimônio cultural urbano. “Estamos fazendo uma parceria com o Siemaco para projetos futuros”, adiantou.

Em seguida, Marcelo Tápia, representante de três museus (Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida e Casa Mário de Andrade), apresentou os equipamentos e frisou que todos estão sempre abertos para visitação e com programação ativa. Por fim, a sambista, ativista social e deputada estadual Leci Brandão subiu ao palco para contar um pouco sobre seu passado e dar uma injeção de ânimo – e samba – na audiência. “O povo gosta de cultura, precisamos dar oportunidade”, ponderou. “Não queria ser política, meu sonho era trabalhar na música. Mas meus assuntos eram muito sociais. Não tenho diploma, mas sempre fui articulada. Hoje na Assembleia, dos 94 deputados, há apenas 10 mulheres”, questiona.

O cronograma de atividades ainda contou com atrações para as crianças, como as sessões de “Contação de Histórias”, e espetáculos de stand-up comedy no turno da noite.

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