O Otimista – 06/03/2025
A Marquise Ambiental anunciou um investimento de cerca de R$ 400 milhões na construção de cinco novas usinas de biometano nos próximos três anos. As cidades que serão beneficiadas incluem Manaus (AM), Osasco (SP), Natal (RN), Porto Velho (RO), Aquiraz e Eusébio. O objetivo é replicar o modelo referência da GNR Fortaleza, uma parceria entre a Marquise Ambiental e a MDC Energia.
A unidade de biometano injeta gás na rede de gás de petróleo. Atualmente, atende 20% de todo o consumo do insumo do Ceará. Também serão direcionados R$ 100 milhões para projetos já em andamento de separação de matérias-primas para aproveitamento de recicláveis em Fortaleza, Manaus e Osasco.
Outro feito da companhia diz respeito ao Aterro Metropolitano de Fortaleza, referência em inovação na gestão de resíduos. Segundo levantamento recente do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE), o aterro está em total conformidade com as normas ambientais, garantindo segurança operacional e mitigação de impactos ao meio ambiente. Esse reconhecimento reforça o compromisso da cidade com a destinação correta de resíduos, em contraste com a realidade de diversos municípios que ainda enfrentam dificuldades para eliminar lixões.
A atuação do TCE-CE segue uma tendência nacional. Tribunais de Contas de estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná também realizaram auditorias para garantir que aterros sanitários operem dentro das exigências do novo marco regulatório do saneamento. Essa fiscalização é essencial para acelerar a substituição dos lixões a céu aberto por estruturas mais eficientes e ambientalmente responsáveis.
Resíduos
A Marquise Ambiental vai além da simples destinação de resíduos, transformando o que antes era um passivo ambiental em energia renovável. Um exemplo notável dessa evolução é a própria GNR Fortaleza, que fez do Ceará o único estado brasileiro a canalizar diretamente o gás gerado em aterros sanitários para a rede de distribuição.
Inaugurada em 2018, a GNR Fortaleza revolucionou a gestão de resíduos ao capturar, tratar e purificar o biogás produzido no aterro, convertendo-o em biometano, um combustível renovável de alto valor energético e com menor pegada de carbono. Atualmente, essa tecnologia abastece 15% do gás distribuído pela Companhia de Gás do Ceará (Cegas), com capacidade de gerar 100 mil m³ de biometano por dia, e planos de expansão para 108 mil m³ diários.
Fonte : O Otimista